sábado, 24 de novembro de 2012

12ª Expedição: As Chapadas


As ruas Expedicionários e Dois de novembro são conhecidas como respectivamente como primeira e segunda chapada. Em no final de 1945 retornaram da segunda guerra mundial os pracinhas de Passos. Para homenagear, a antiga Rua Primeira Chapada passou a ser chamada de Avenida dos Expedicionários passenses, e na Praça Geraldo da Silva Maia (Praça do Rosário), foi erguido um monumento.
As fotos são respectivamente das ruas Expedicionários e Dois de Novembro cuja rua recebeu este nome em decorrência de estar ligada à Praça da Saudade, onde se encontra o Cemitério.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

11ª Primeira Expedição:Educandário e Colégio Estadual

A décima primeira expedição percorreu algumas ruas do centro de Passos, algumas das ruas possuem nomes de pessoas que de alguma forma participaram da história da cidade. A começar pela praça do rosário e terminando na Dr. joão Bráulio. Conheça um pouco das história destas pessoas.


Praça Geraldo Silva Maia
Nasceu em Passos, no dia 30 de setembro de 1913, filho de Francisco da Silva Maia e Feliciana B Maia. Dotado de uma visão ampla destacou-se como líder de incalculável prestígio e influência. Político habilidoso, sabia se mostrar enérgico e de pulso forte nos momentos difíceis e cativava as massas populares com carisma. Foi eleito prefeito de Passos, em 1947, e imprimiu dinamismo e objetividade à administração. Seu governo marcou época pelo grande avanço alcançado e por despertar a cidade para o progresso. Entre as obras realizadas cita-se a construção da Praça do Rosário, calçamento de quase toda a cidade, manutenção das estradas vicinais, construção de três grupos escolares e da Estação Rodoviária e ele deu à cidade nova captação de água, sua obra mais importante. Foi reeleito em 1954. Foi casado com Anna Lemos Maia (1934 a 1943) e com o falecimento dela contraiu novas núpcias com Julia Lemos Cardoso Maia. Pai de: Feliciana, Aleida, José Geraldo, Adalto, Ana Maria, Ângela e Patrícia.

Elvira da Silveira Coimbra
Nasceu em Passos, dia 12 de fevereiro de 1888, filha de Saturnino Amâncio da Silveira e Amélia Carvalho da Silveira. Tornou-se parteira e nesta profissão granjeou respeito e admiração, pois soube externar sua bondade, presteza, solidariedade incondicional a todas as mulheres que atendeu. Sempre alegre e confiante, dava um valor especial à família. Casada com Lindolfo Magalhães, tiveram 12 filhos. Ao falecer, em 14 de abril de 1958, deixou uma descendência numerosa com 31 netos, 68 bisnetos e 8 tataranetos.

Dr. Carvalho

Natural do Estado de Sergipe, Dr. José Pinto de Carvalho teve origem pobre e foi com grande esforço que se diplomou em Medicina pela Faculdade da Bahia. Depois de formado em 1888, por dois anos cumpriu estágio na Clínica do Dr. Almeida Couto, vindo então para o Rio de Janeiro, onde por mais dois anos estagiou em clínicas que lhe conferiram aprofundados conhecimentos profissionais. Nomeado Inspetor Municipal e Regional, residiu durante sete anos em Pouso Alegre, MG, onde dividia a função de médico com o cargo de fiscal. Por incumbência do governo estadual, desempenhou a chefia de comissões de caráter clínico epidêmico nas cidades mineiras de Santa Catarina, Borda da Mata, Congonhal e Passos. Aqui, teve importante desempenho como médico da Santa Casa e de sua clínica particular. Amava a profissão e desprovido de ambição estava sempre pronto a atender quem dele precisasse, e este constituía o lado mais bonito de sua personalidade. Foi também jornalista vigoroso, polemista exaltado e defendia suas idéias, como colaborador dos jornais Comércio e Lavoura e Estrela. Era abolicionista ferrenho e fez o que pode pelo fim da escravatura. Seu lado político fazia dele um líder de prestígio, chegando a ocupar a vice-presidência da Câmara e ter papel importante no acordo entre os partidos Pato e Peru firmado em 1925. Casado com Alcina Magalhães Carvalho tiveram 6 filhos. Depois de residir em Passos foi morar em Itamogi, MG, mas logo voltou e já bastante adoentado faleceu em 15 de dezembro de 1929.

Dr. Manoel Patti
Natural de Passos, nasceu no dia 28 de fevereiro de 1905, filho de José Luiz Patti e Ana Carolina A. Patti. Os estudos primários e secundários ele os fez em Passos, Paraíso e Barbacena. Depois em Ouro Preto diplomou-se em Farmácia e em seguida completou o curso de Medicina, na Faculdade da Praia Vermelha no Rio de Janeiro, no ano de 1930. Veio clinicar em Passos, como especialista em Oftalmologia. Médico competente e de extrema dedicação será sempre lembrado como boníssimo, de generosidade invulgar, uma das personalidades mais populares da cidade. Ainda como médico prestou serviços na Santa Casa, da qual foi provedor. Foi vereador também, chegando à Presidência da Câmara. Bom violinista, adorava a música e participou muitas vezes de apresentações nas missas dominicais da Igreja Matriz, mesmo sendo espiritualista convicto seguidor de Alan Kardec. Muito fez pela Associação Espírita Santo Agostinho mantenedora da creche e do albergue que levam seu nome e prestam inestimáveis serviços. Pai de três filhos, Athos, Aurita, e Aramis, foi casado com Benvinda Maia. Com o estado de saúde agravado, retirou-se em repouso clínico na estação de águas Termópolis, e quando necessário, atendido por médico de Paraíso. Apesar de toda assistência veio a falecer, em 14 de dezembro de 1950, e seu corpo traslado para o sepultamento em Passos

Santo Aníbal Maria Di Francia (Educandário)
Para realizar, na Igreja e no mundo, os ideais apostólicos de Santo Aníbal Maria Di Francia em 1887 teve início a Congregação das Filhas do Divino Zelo e, dez anos depois, a Congregação dos Rogacionistas do Coração de Jesus. Quis que os membros de ambos os Institutos, aprovados canonicamente no dia 06 de agosto de 1926, se dedicassem a viver o “Rogate” como “quarto voto”, além dos outros três votos: castidade, pobreza e obediência.  O arco da sua existência vai da segunda metade de 1800 aos primeiros 30 anos de 1900. Uma época sobre a qual confluíram e se abateram os efeitos negativos do sistema liberal, que favoreceu um capitalismo definido como desumanizante e que trouxe, como consequência imediata, o imperialismo, destinado a produzir conflitos e desequilíbrios sociais. A miséria das massas e o proletariado faminto foram os aspectos mais emergentes de um sistema político e econômico substancialmente injusto nos seus pressupostos ideológicos. No plano cultural, prevaleceram filosofias e visões contrárias a qualquer espiritualismo, polêmicas, sobretudo com a Igreja Católica, considerada líder do reacionismo europeu e pedra de tropeço ao progresso dos povos. Positivismo, marxismo, doutrinas niilistas, muitas vezes contrárias entre si, exaltavam-se na comum polêmica anticatólica e no ensinamento de um racionalismo que, por ser muito massificante, acabava por se auto-esvaziar na incapacidade de um confronto fecundo com a verdade. A adolescência de Aníbal acontece neste contexto social de miséria e culturalmente destituído de grandes ideais, mesmo aqueles civis e tendencialmente espiritualísticos do passado romântico. Mas, fervia na Igreja uma vontade de resgatar o setor social, descuidado durante o processo do ressurgimento, por uma série de razões históricas. As forças católicas se empenhavam no campo da justiça social e a atenção aos pobres se tornava o próprio ideal evangélico, a nova marca de credibilidade diante da opinião pública. Assim, a dimensão carismática de Santo Aníbal coloca-se como reflexo de uma ampla sensibilidade da situação social. Ainda mais quando se considera que ele colocava o epicentro de sua obra na área geográfica italiana mais problemática, onde as questões assumiam, naquela época, seus contornos dramáticos. Hoje os Rogacionistas e as Filhas do Divino Zelo estão presentes em vários países do mundo inteiro. No Brasil, os religiosos chegam em 1950, cuja primeira cidade a ser instalada foi Passos. 

Dr. João Bráulio
Presidente do Tribunal de Apelação, em Ouro Preto, MG, que, em 5 de setembro de 1894, deu ganho de causa à Câmara Municipal, em conturbada pendenga judicial. O episódio marca a histórica divisão política da sociedade passense: de um lado os interesses comerciais, industriais e urbanos (os "governistas", denominados mais tarde de patos); de outro, predominavam os interesses agrários, fazendeiros e invernistas (os "lavouristas", chamados, posteriormente, perus). O historiador Antônio Grilo registra que "todos os textos e documentos da época evidenciam que daí para frente estes dois grupos nunca mais sintonizaram suas posições".

domingo, 28 de outubro de 2012

10ª Expedição: A Praça Blandina de Andrade




A décima expedição visitou um dos pontos de referencia a praça mais antiga cidade de Passos.

Em 1851 os vereadores da Câmara Municipal iniciaram os trabalhos cotidianos com o objetivo de organizá-la e torná-la funcional; demarcaram os limites 
da vila, criaram a agência dos Correios em 1851 e providenciaram para reparar pontes, consertar ruas e conceder terrenos para as construções que estavam aumentando. Essas construções eram casas grandes, com muitas janelas na frente, hortas enormes, pastinho para animais, chiqueiros e galinheiros.
A vila compreendia três concentrações de povoamento: a mais antiga margeando o Ribeirão São Francisco e o Córrego dos Boiadeiros na Barrinha, onde se situava a praça mais antiga da cidade, que hoje leva o nome de Blandina de Andrade; um ajuntamento de casas no alto, compreendendo o Largo de Santa Rita margeando o Caminho do Desemboque e passando pela árvore de Santa Bárbara; e o núcleo mais importante, que era o do Largo da Matriz, onde se concentravam as melhores casas das famílias mais ricas. Em 1851, a criação de gado começava a mostrar as suas benéficas conseqüências. Boa parte dos fazendeiros e camponeses passou a exercer a atividade da pecuária de engorda, implantando invernadas por todos os lados. A possibilidade de riqueza continuou atraindo famílias de outros lugares,
como Candeias, Lavras, Oliveira, Ouro Preto, Três Pontas, Rio de Janeiro, Tamanduá, Rio Preto e Turvo.


Blandina de Andrade
Nasceu em Santa Rita de Cássia, MG, em 6 de fevereiro de 1897, filha de Joaquim Cândido de Melo e Souza e Emília Ambrosina de Melo, sendo assim descendente ilustre do Barão de Passos e do Barão de Cambuí. Interna do Colégio N. Sra. de Lourdes em Franca, SP, recebeu esmerada educação. Aos 17 anos, casou-se com Dr. Lourenço Ferreira de Andrade, que iniciava sua carreira de médico e homem público. Ela se fez então a companheira ideal como esposa culta, inteligente, de ampla visão, sabendo influir de modo construtivo no desempenho do marido. Assídua leitora, mantinha-se informada pelos jornais locais, das capitais mineira e federal. Profundamente religiosa, praticava a virtude da caridade de forma simples e amiga distribuindo o necessário aos menos favorecidos. Cooperou, incentivou e batalhou por todas as boas causas dos passenses deixando marcas na Escola Normal Oficial e na Santa Casa, instituições que mereceram dela as maiores atenções. Sua descendência acontece com os quatro filhos: Senio, Senid, Sonia e Sonino. Faleceu com apenas 34 anos, em 18 de março de 1931.

Olegário Dias Maciel 
Nasceu em Pitangui, MG, em 1855. Político brasileiro nomeado interventor de Minas Gerais em 1930. Foi um dos principais sustentáculos do regime revolucionário instalado naquele ano. Formou-se em engenharia civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Ainda no Império, foi deputado provincial em Minas Gerais em duas legislaturas: 1880-1881 e 1882-1883. Proclamada a República, foi deputado à Assembléia Constituinte Mineira. Antes de 1930, foi ainda deputado federal (1894-1911), consultor técnico do Ministério de Viação e Obras Públicas (1914–1918), vice-governador do Estado de Minas Gerais (1922) e senador. Foi um dos chefes da Aliança Liberal e participou do combate ao movimento constitucionalista de São Paulo. Morreu no cargo de presidente do Estado de Minas Gerais em 1932.

sábado, 20 de outubro de 2012

9ª Expedição: A Capela da Penha



A Capela da Penha foi completamente restaurada. André Luis Nery Figueiredo foi o arquiteto gestor do restauro. A estrutura da Capela de Nossa Senhora da Penha tinha passado por reformas que tiraram o seu estilo original: cores de paredes e madeiras, lustres, luminárias, revestimento das torres e cúpula, e por isso hoje voltou a sua origem. O telhado passou por uma vistoria e trocou as telhas que haviam vazamentos. Toda a parte de forro da cúpula estava com infiltrações e prestes a cair. A parte de fiação elétrica também estava precária juntamente com a falta de segurança da parte de cima onde é o mezanino, as tábuas de madeira que servem de piso estavam carunchando precisando então de serem trocadas. Era constantemente visto em torno da Capela da Penha pessoas que lá se escondiam para se viciar, devido a isso foi necessário o gradil como segurança para que a Capela e para que pudesse estar sempre aberta para que as pessoas pudessem ir visitá-la. trabalho de restauro durou 2 anos, 2 meses e 25 dias.A primeira Igreja pertencente à Paróquia da Penha foi construída em 1864, a Centenária Capela de Nossa Senhora da Penha onde ficava guardada em seu altar a Imagem de Nossa Senhora da Penha, esta que hoje permanece num trono especial aos pés do altar do Santuário com seu nome. Construída a partir de uma promessa à Senhora da Penha pelo senhor Antônio Caetano de 
Faria Loulou por uma graça alcançada, continua com seu encanto octogonal, embora com precariedade, levando amparo e paz a quem ali buscar. Em torno da Capela da Penha é festejada desde muitos anos atrás a Tradicional Festa de Nossa Senhora da Penha. No ano de Um mil novecentos e noventa e nove a Capela Centenária foi tombada (tombamento municipal) como Patrimônio Histórico pelo IEPHA.
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domingo, 14 de outubro de 2012

8ª Expedição: O Beco dos aflitos



Desta vez o Beco dos Aflitos; A rua Jaime Gomes
Natural de Rio Preto, MG, nasceu em 5 de setembro de 1858, filho do casal Joaquim Gomes de Souza e Adelaide Carolina de Lemos. Até os 13 anos residiu com os pais em São Gonçalo do Sapucaí, MG, depois esteve por um tempo no Rio de Janeiro até vir para Passos, em 1884. Mesmo não tendo curso superior era inteligente, instruído, arguto e de personalidade marcante. Foi pessoa de grande destaque na cidade. Fundou o semanário "Gazeta de Passos", em 1887, em parceria com Genaro César Costa, enquanto exercia o cargo de Coletor Geral e Provincial. Alguns anos depois, em 1894, deu início à sua vida política, elegendo-se Presidente da Câmara e Agente Executivo, em seguida deputado estadual, reeleito duas vezes, para finalmente chegar ao congresso nacional, onde esteve até 1920, em 3 mandatos. Foi casado em primeiras núpcias com Henriqueta Gomes de Carvalho e tiveram onze filhos. Viúvo, voltou a se casar com Luiza Negrão Lemos e mais cinco filhos se somaram à numerosa descendência. Sua filha Sara, casada com Juscelino Kubitschek, ocupou o posto de primeira dama do país, e Amélia também se destacou como esposa do grande homem público Gabriel de Resende Passos. Enquanto ele viveu em Passos, participou de todos os movimentos em prol da cidade, e mesmo exercendo seus mandatos fora advogou e defendeu os interesses da terra adotada como sua. Faleceu em Belo Horizonte, em 28 de fevereiro de 1922
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domingo, 30 de setembro de 2012

7ª expedição: Coronel João de Barros


A sétima expedição visitou a Coronel João de Barros.
Em 24 de junho de 1849, nascia em Passos, João Caetano de Barros, filho do português Manoel Caetano de Barros e Marciana Lídia de Abreu. Não querendo seguir a tradição da época de acompanhar o pai, fazendeiro rico, nas lides da terra, decidiu pela carreira de médico. Matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, mas só cursou dois anos, sendo obrigado a abandonar os estudos para auxiliar a mãe nos negócios, devido à morte de seu pai. Em 1879, casou-se com Blandina Cândida de Melo e tiveram 13 filhos. Homem de ação, com grandes conhecimentos intelectuais, logo se destacou como político. Era vice-prefeito e assumiu o comando da cidade, quando em 1909 aconteceu a famosa "izidorada" vitimando o então prefeito Neca Medeiros. Foi reeleito mais duas vezes para este cargo, evidenciando seu espírito empreendedor. Sob sua administração foi que Passos alcançou conquistas significativas, entre elas a estrada de ferro, luz elétrica, telefone e telégrafo. Se um dia quis ser médico e como tal certamente teria servido seu povo, foi como homem público que brilhantemente se destacou em sua terra natal.
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domingo, 16 de setembro de 2012

5ª Expedição: Lourenço de Andrade e Santo Antônio



A quinta expedição teve como trajeto as ruas Lourenço de Andrade e Santo Antônio. Lourenço Ferreira de Andrade, nasceu em Passos no dia 29 de dezembro de 1888, filho de Gaspar Lourenço de Andrade e Francisca Oliveira Andrade. Estudou primeiramente em Passos, o secundário cursou em Pouso Alegre e o curso superior de Medicina, no Rio de Janeiro, onde defendeu tese e colou grau, em 1914. Logo que regressou, casou-se com Blandina de Melo Andrade e tiveram 4 filhos: Senio, Senid. Sonia e Sonino. Com o falecimento dela, casou-se novamente com Maria Vasconcellos Andrade e vieram 3 filhas: Francisca, Rosa e Teresa. Como médico, montou seu consultório dotado de Raios X e outros aparelhamentos mais modernos. Foi dedicadíssimo à Santa Casa de Misericórdia, da qual foi Provedor por muito tempo e tudo fez nos momentos de crise financeira, quando criou o "imposto da caridade" que garantia ajuda mensal dos cidadãos de boa vontade. Ainda foi Diretor Clínico além de ocupar várias outras funções ali. Mas foi na administração pública que ele mais se sobressaiu. Dinâmico, realizador, enérgico, converteu-se em respeitado chefe político municipal e estadual. Foi eleito Prefeito, em 1927 e governou a cidade por 18 anos. Em 1947, elegeu-se como Deputado Estadual.
 Na Prefeitura, realizou grandes obras, entre elas calçou a primeira rua de Passos com massa de concreto, pois ainda não havia a massa asfáltica (R. Pres. Antônio Carlos), reforma da praça da Matriz, abastecimento e distribuição de água a partir do manancial da Cocota, estendeu a rede de esgoto, construção do Colégio de Passos e instalação de 25 escolas rurais, abertura e melhorias de diversas estradas. Inserido na história da cidade como um de seus principais vultos, ele é merecedor das mais significativas homenagens e lembrado com muito respeito. Faleceu aqui mesmo, em 1956.

A Rua Santo Antônio recebe este nome em função da antiga igreja de Santo Antônio (hoje demolida) que era instalada nesta rua. Em 1855, o Tenente Vasconcelos, Joaquim Rodrigues de Vasconcelos, foi nomeado como zelador da capelinha de Santo Antônio, que estava em péssimas condições de conservação. Graças à iniciativa dele e do entalhador Nicolau Paraíso, foi iniciada a construção. Em 1875, a obra já estava concluída. Portanto, quando Passos foi elevada a cidade, a igreja estava em construção.

domingo, 9 de setembro de 2012

4ª Expedição: O campo santo



A quarta expedição visitou o cemitério de Passos (Senhor Bom Jesus dos Passos). O decreto 790/2011 considera que o túmulo de Antonio Caetano de Faria Loulou “trata-se de uma edificação exemplar, concebida dentro da arquitetura eclética e que conseguiu,  apesar da simplicidade construtiva, ser uma estrutura arquitetônica harmoniosa, representante de sua época”.  Em 1893, o Conselho Distrital discutiu em plenária a criação de um novo cemitério, já que o Campo Santo existente estava muito no centro da cidade. No ano seguinte foram aprovadas a planta e a aquisição da área. Conforme o Decreto, “apesar das dúvidas existentes, se Antonio Caetano de Faria Loulou realmente doou ou vendeu o terreno no qual se implantaria o novo cemitério municipal, e se ele foi realmente o primeiro a lá ser enterrado, o bem cultural é de grande importância para a comunidade de Passos.
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domingo, 26 de agosto de 2012

3ª Expedição: Estação Ferroviária da Mogiana




Aproveitando o festival de Pipas, a terceira expedição visitou a Estação ferroviária de Passos, onde as construções são da década de 20 do século passado.

Companhia Mogiana de Estradas de Ferro em Passos
HISTÓRICO DA LINHA: O ramal de Passos foi inaugurado em seu primeiro trecho de 15 quilômetros ligando Guaxupé a Guaranésia, em 1912. Foi sendo prolongado aos poucos, chegando a Passos, onde terminava, somente em 1921. Em 1976, o tráfego de passageiros foi eliminado, sobrando os cargueiros, que, com o tempo, passaram a atender somente ao carregamento de cimento da fábrica de Itaú de Minas, e vindo não por Guaxupé, mas por São Sebastião do Paraíso, ali chegando pela antiga linha da São Paulo-Minas. Com isso, o trecho entre Guaxupé e S. S. Paraíso foi abandonado, e teve os trilhos retirados por volta de 1990. O trecho entre Paraíso e Itaú de Minas ainda tem seus trilhos, mas as cargas de cimento deixaram de circular já há anos e o abandono da linha é total. O trecho final até Passos teve também os trilhos retirados.





A ESTAÇÃO: A estação de Passos foi inaugurada como estação terminal do ramal que leva seu nome, em 1921. Foi ativa até 1976, quando cessaram de correr os trens de passageiros do ramal. Em 1986, estava já "fechada e em mau estado", segundo o relatório da Fepasa, "mas com todas portas e janelas ainda lá", como se isso fosse uma grande virtude. A situação havia mudado em 2001: "Tanto o prédio da estação quanto o do antigo armazém estão em muito bom estado, e uma placa de inauguração indica que eles funcionam como centro de memória da cidade, o que não pudemos verificar, pois devido ao feriado estava tudo fechado. Os trilhos realmente já foram retirados" (Rossana Romualdo, 07/2001). "Creio que não contarei nenhuma novidade a você, mas esta fotografia dos anos 1920 me entusiasma pelo seu potencial documental da tipologia arquitetônica das estações da Mogiana.

Não sei se o tipo ou padrão arquitetônico desta estação poderia ser o segundo, terceiro ou quarto padrão adotado pela Mogiana, mas note que: A) é exatamente o mesmo padrão (desenho, dimensões, detalhes ornamentais, etc. de inúmeras outras estações da Mogiana, como por exemplo as estações do trecho Campinas-Jaguariuna da ABPF, construídas após retificações da linha, substituindo outras de padrão mais antigo, de alvenaria de tijolos à vista (Carlos Gomes-velha, por exemplo, e Desembargador Furtado-velha), evidenciando a importância que a arquitetura dos seus prédios tinha para a própria empresa; B) o mais importante: apresenta muito bem o padrão de modulação desse padrão ou tipo de estação, com um corpo central que abriga as acomodações básicas (provavelmente sala do chefe, saguão, etc.) e que pode ser acrescido de extensões conforme necessário em cada localidade; este caso parece exemplar justamente porque mostra muito bem o núcleo ou módulo central, mais elevado que o resto, e um acréscimo (não necessariamente feito depois, pode ter sido edificado na mesma época do núcleo) de um dos lados, porém sem um equivalente simétrico do outro. Por ai vê-se claramente a previsão de que o prédio inicial pudesse ser aumentado; C) o formato e decoração das janelas, a decoração dos panos das fachadas, enfim, toda a 'cara' das fachadas foi intensamente copiado na arquitetura civil, exemplificando a influência que a arquitetura ferroviária exerceu sobre o 'gosto', a referência estética que criou para toda a população. Isto é apenas mais um dos muitos aspectos em que a ferrovia definiu muito do caráter da nossa cultura, e esta foto permite percebê-lo muito bem" (Júlio Moraes, 09/2007). Fala-se, embora eu jamais tenha lido a respeito, que a linha de Passos seria prolongada até a cidade de Piumhy e que há cortes nos morros até hoje feitos sem que os trilhos jamais tenham sido colocados. No finalzinho de 2006, eu finalmente visitei o local com a Ana Maria, que ia fotografando enquanto eu olhava tudo aquilo. Um enorme pátio, digamos, gramado, e do outro lado algumas casas de turma. Nem sombra de trilhos; alguns restos de guias originais de ruas do centro (granito?) jogadas por ali. A estação, mais ou menos: é usada como uma espécie de centro de memõria, ainda, mas há madeiras em mau estado. O prédio e muito bonito, bem estilo Mogiana anos 1930, 40. Fica meio afastado da cidade, aquilo certamente era o limite da zona urbana em 1921 quando o trem chegou. Um belo lugar, mas hoje já cercado de área urbana. Ao longe, no final do pátio, casas que pertencem a uma usina que fica fora da cidade. Um ou outro depósito. Os postes da estação são de ferro fundido, há diversos, mas estão sem as esferas de vidro para iluminação. Faz falta um trem chegando ali, como fazia até 1977, buzinando com as diesel e mais antigamente, apitando com o som das vaporosas que certamente ecoava ao longe. Em 2012, o prédio estava novamente abandonado.
(Fontes: Ralph Giesbrecht, pesquisa local; Ana Maria Linhares Giesbrecht; Gustavo Torres; Rossana Romualdo; Alita Soares Polachini; Julio Moraes; Cia. Mogiana: Relação oficial de estações, 1937; Guia Levi, 1941; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)

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domingo, 5 de agosto de 2012

2ª expedição - Praça do Rosário



A segunda expedição ocorreu no dia 5 de agosto, desta vez percorremos a Praça do Rosário e imediações, alem de percorrer os principais casarões  pode-se visitar algumas construções do período modernista.

Igreja do Rosário
Em março de 1852, o vigário da Matriz, padre Francisco de Assis Pinheiro Uchoa, e várias pessoas da Vila Formosa resolveram erigir um templo em homenagem a Nossa Senhora do Rosário. Antes disso, há indicações, em 1836, de que uma capelinha existia no local, onde “reis e rainhas e mais irmãos hão de servir à N. Sra do Rosário” – uma clara referência aos festejos de Reisado e Congadas que se concentravam no largo.
Em 1855, foi feito um contrato entre a Irmandade Nossa Senhora do Rosário e Jacinto Salgado para efetivar a construção da igreja. Passados alguns anos, Antônio Correa da Paixão e Ecídio Martins Borges foram contratados para colocar os sinos e o envidraçamento das janelas.
Durante as celebrações da Semana Santa, quando a cidade enchia-se de gente, a tradicional procissão do en-contro descia da Igreja do Rosário em direção à Rua Direita (hoje, Rua Antônio Carlos) integrando os dois largos da Matriz e do Rosário, como ainda hoje denominamos o centro da cidade.


O Fórum de Passos

No início de 1909, o Governo do Estado enviou um delegado militar, o alferes Isidoro Correia Lima, para que pusesse fim aos desmandos e falsificações eleitorais, enfim que fizesse uma “higienização” nas práticas criminais e eleitorais passenses. Desde que chegou, Isidoro aproximou-se dos líderes políticos lavouristas: almoçava e jantava com eles, pedia-lhes dinheiro emprestado, prestava-lhes favores. Os lavouristas tinham a impressão de que Isidoro estava apoiando a continuação da política local.

Em agosto de 1909, Juca Miranda e seu camarada Benvindo, após desentendimentos familiares, assassinaram João Modesto, cunhado de Juca, quando este chegava em casa. A família de João Modesto tinha certeza de que o crime não seria apurado e tudo ficaria como se nada tivesse acontecido.
O delegado Isidoro não recebeu nenhuma denúncia do crime, mas resolveu convocar as pessoas a deporem sobre o caso João Modesto, primeiramente em dias diferentes, depois foi adiando os interrogatórios até que todos depusessem no mesmo dia, o que aconteceu em 26 de setembro de 1909.
O primeiro a depor foi Juca Miranda, autor do crime. O plano do delegado era chamar cada coronel na sala de interrogatórios, assassiná-los um a um, cortando-lhes as cabeças a machadadas. Juca Miranda sentou-se à frente do delegado e o soldado Furquim, seu ajudante, ficou de pé ao lado do delegado. Após o depoimento, quando Juca Miranda abaixou-se para assinar o livro, o soldado deu-lhe machadadas no crânio e no pulso. Juca reagiu e saiu ferido e gritando para os coronéis que estavam na sala de espera. Armou-se uma confusão. Não se sabia quem atirava em quem.
Antenor Magalhães, amigo de Neca Medeiros, foi um dos muitos curiosos que foram ao Fórum assistir ao fato tão inusitado: os coronéis depondo. Foi morto na confusão. Neca Medeiros, quando viu o alferes Isidoro saindo do Fórum, foi para o seu lado falando alto e protestando contra a violência. Este prontamente ofereceu-lhe proteção, dizendo-lhe que entrasse no Fórum, ao que Neca Medeiros aceitou de imediato, achando que estaria mais protegido.
Quando entraram, Isidoro fechou logo a porta e, na cozinha, Medeiros foi baleado, morrendo junto ao fogão de lenha. Os dois políticos mais influentes de Passos estavam mortos. George Davis, um americano que estava em Passos devido a acordos para instalação da Companhia de Força e Luz, foi atingido por uma bala, a qual acertou o relógio que trazia no bolso, salvando-lhe da morte. Depois de baleado, ficou imóvel no chão, fingindo-se de morto até que a confusão fosse desfeita.
Após os assassinatos, Isidoro e seus ajudantes fugiram atirando para o alto. A cidade de Passos foi invadida pela jagunçada. Ninguém saía de casa. Monsenhor João Pedro, por meio de visitas e reuniões familiares, serenou os ânimos. Isidoro e seus ajudantes retornaram alguns dias depois, sob a proteção do prefeito. Antes de entrar, explodiram dinamites e deram tiros para o alto, intimidando as pessoas. Nesse mesmo dia, foram presos os envolvidos.
Em março de 1910, numa sessão de júri público – presidida pelo juiz de direito da Comarca, Dr. Saturnino Amâncio da Silveira, pelo promotor de justiça, Dr. Fernando de Magalhães Macedo e servindo de escrivão o capitão Hilarino Joaquim de Moraes –, foi fei-to o julgamento dos envolvidos na matança. Ao lado do promotor de justiça, o Dr. João Silveira, advogado residente em Casa Branca, chamado a Passos para auxiliar o Ministério Público na acusação por parte das viúvas do coronel Manoel Medeiros e do tenente-coronel José Stockler de Miranda, as senhoras Guilhermina Emygdia
de Lima Medeiros e Valeria de Lemos Miranda.
Os advogados de defesa foram Dr.Lycurgo Leite e Dr. João Leite, de Muzambinho e Guaranésia, e Dr. Antônio Celestino, de Passos. Muitas pessoas aglomeraram-se nas dependências e ao redor do Fórum para acompanhar os debates. Foram julgados em primeiro lugar o alferes Isidoro e o soldado Furquim e, depois, o coronel Francisco de Lemos Medeiros. Todos os réus foram absolvidos.


Expedicionários
A partir de 1944, o Brasil envolveu-se na Segunda Guerra Mundial e, devido à presença do Tiro de Guerra na cidade, muitos jovens passenses foram convocados para a guerra. Os nascidos em 1.922 e 1.923 fizeram parte do 12º Regimento de Infantaria de São João Del Rey-MG,
cidade sede da infantaria, que treinou diversos jovens para compor a Força Expedicionária Brasileira (FEB Os expedicionários de Passos eram: Jones Pimenta de Vasconcelos, Geraldo Silvério de Almeida, Antonio Formágio, Lauro Sawaya, Jorge Jabur, Alfredo Lemos de Vasconcelos, João Lemos Filho, Maurício Gomes de Pádua e Djalma Bordezan.
Embora a guerra na Europa tenha terminado em julho de 1945, os expedicionários chegaram a Passos somente em novembro. Foram recebidos com grande festa na Praça da Matriz, onde foi realizado um comício homenageando-os.
Para homenagear aos pracinhas, a antiga Rua Primeira Chapada passou a ser chamada de Avenida dos Expedicionários passenses, e na Praça Geraldo da Silva Maia (Praça do Rosário), foi erguido um monumento.

O modernismo em Passos
Autor do Projeto: Paulo Esper Pimenta e Maristela Scotfield Silva Pimenta
Residência Feliciano Maia de Andrade

Localizada em frente a antiga praça do Rosário (hoje Geraldo da Silva Maia), tradicional e central espaço público da cidade, ao lado da Prefeitura Municipal. Possui três pavimentos (um acrescido nos anos 1990), divididos no térreo em uma ampla sala com face para a praça, com uma varanda em balanço e abrigo para carros, com acesso de serviço. Pela face da rua lateral, há o acesso social. O pavimento térreo possui ainda as dependências de serviço e cozinha. Uma escada, com face para o oeste, dá acesso ao segundo pavimento, onde ficam os dormitórios e sanitários. Posteriormente, o arquiteto acrescentou à laje de cobertura uma área de lazer, com acesso independente. Com linhas retas e balanços arrojados em concreto armado com uma empena lateral envidraçada e pequenas aberturas como se fossem nichos, é uma obra de referência da arquitetura moderna local que dialoga com o Paço Municipal, também projetado pelos mesmos arquitetos, por seu impacto visual em área central da cidade.

Prefeitura Municipal de Passos

Construída no centro da cidade, defronte aos jardins da Praça Geraldo da Silva Maia, antiga praça do Rosário, no terreno que foi ocupado pela própria igreja demolida. O projeto iniciou-se durante a gestão do prefeito José Figueiredo (1964-1969) e foi concluída na de Antônio Pedro Patti (1969-1973). Tinha previsão, conforme demonstram os estudos iniciais, para oito pavimentos. Posteriormente, o projeto definitivo foi mais modesto, restringindo-se a quatro pavimentos, onde funciona atualmente apenas a sede do Executivo Municipal, já que originalmente destinava um dos andares à Câmara Municipal. O prédio, um paralelepípedo com duas empenas cegas curvas revestidas por telhas de alumínio, possui as outras duas faces laterais totalmente envidraçadas, demarcadas pela estrutura livre em concreto armado. Vários elementos plásticos modernistas estão presentes na obra, como as escadarias em leque, uma ampla sacada (terraço-jardim) para permitir solenidades públicas desdobrando-se sobre a praça e a paisagem da cidade. Além disso, foram utilizados brises soleil horizontais e móveis na face oeste, em fibrocimento. Os dois pavimentos superiores são sustentados por balanços estruturais (pórticos), que permitem a existência de corredores laterais (ruas) sobre a viga de transição, que tem formato peculiar.

Textos  
Profª Leila Suhadolnik
Edição comemorativa 150 anos de Passos
 Prof. Mauro Ferreira
Arquiteto, Prof. FESP




domingo, 15 de julho de 2012

1ª Expedição: Casarões e Praça da Matriz





A primeira expedição ocorreu no dia 1 5 de julho de 2012, partimos da praça da matriz, a primeira experiencia. As principais ruas percorridas foram as to entorno da praça da Matriz.

Monsenhor Messias Bragança,pç, (Centro),
Filho de José Bragança e de Ana Garcia Bragança, natural de Pouso Alegre, MG, nasceu no dia 11 de novembro de 1889. De família católica atuante, desde muito cedo demonstrou inclinação para a vida religiosa, ordenando-se Sacerdote em 1913. Cursou a Universidade Gregoriana em Roma, onde se bacharelou em Direito Canônico. Em 29 de junho de 1931 veio para Passos para assumir a Paróquia da Matriz, a qual dirigiu no período de 1931 até seu falecimento em 20 de agosto de 1968, portanto, por 37 anos. Foi personalidade marcante na vida social e religiosa, sendo fundador de obras beneméritas e sociais como o Educandário Senhor Bom Jesus dos Passos, Asilo São Vicente de Paula, Casa Paroquial e Carmelo São José. É com justiça que hoje a praça principal de Passos leva seu nome.

Cel. Neca Medeiros,r, (Centro), 
Manoel Lemos de Medeiros, nasceu em Passos, filho do Cap. Antônio Ferreira de Medeiros. Administrou a terra natal por dois triênios (1903/1909) na fase mais agitada, tumultuada e violenta de toda sua história política. Era homem enérgico, inflexível, às vezes agressivo, mas capaz de aliar a estes traços de personalidade a bondade, lealdade e honestidade que faziam dele pessoa admirada. Trabalhador e objetivo como administrador público, muito realizou apesar da diminuta renda dos cofres municipais. Empenhou-se em calçar ruas e becos pelo sistema rudimentar de pedras brutas, além de abrir muitas estradas rurais construindo pontes e aterros. No seu mandato, foi construída a primeira ponte do Bocaina. Dedicou atenção especial à melhoria e aumento da rede de água e esgoto. Sua principal obra é, sem dúvida, a construção da Escola Wenceslau Braz, atestando seu tino empreendedor. Sua morte trágica faz parte de um capítulo negro da história da cidade, quando uma milícia estadual veio a Passos em sindicância ordenada pelo então Dr. Wenceslau Braz e promoveu o que se chamou "Chacina do Fórum". Junto com ele, vários outros companheiros políticos foram assassinados, em 1909.

Barão de Passos,r, (Centro), 
Nasceu na freguesia de Pedra Branca, município de Lavras, MG, em 14 de julho de 1814. Filho de Silvério de Melo Souza e Mariana Inocência de Melo. Aos 38 anos foi residir em Cássia, MG, e ali já demonstrou o traço de sua personalidade filantrópica, construindo, às suas expensas, a igreja N. Sra. do Rosário, além de repartir com a pobreza, benefícios que sua condição financeira permitia. Em 1880, mudou-se para Passos e logo se tornou figura de destaque respeitada por suas virtudes morais, homem probo, generoso, afável e patriota. Dedicou-se à reconstrução da Igreja Matriz Senhor Bom Jesus dos Passos, quando despendeu grande quantia e é o fundador de fato e de direito da Santa Casa de Misericórdia. Foi eleito, com inteira justiça, provedor perpétuo da Santa Casa. Casado com Bárbara Áurea de Melo e Souza, legou a Passos uma descendência virtuosa. Jeronymo Pereira de Melo e Souza, Barão de Passos, faleceu em 25 de julho de 1897, deixando gravado seus exemplos como homem que amou muito a Deus, ao próximo e aos menos favorecido.

Mons. João Pedro,tv, (Centro), 
Natural de Campanha, MG, João Pedro Ferreira Lopes, nasceu dia 24 de abril de 1843, filho de Joaquim Bento Ferreira Lopes e Maria do Carmo Ferreira de Vilhena. Neto do Comendador Francisco de Paula Ferreira Lopes, figura destacadíssima na política imperial, ele poderia ter seguido qualquer carreira, mas a vocação indicou-lhe o sacerdócio. Cursou o Seminário São Paulo, da Irmandade dos Capuchinhos, onde se ordenou em 1867. Em seguida, assumiu a direção da capela de Conceição da Boa Vista e seu trabalho pastoral e social viabilizou a existência dessa paróquia. Depois foi para Nova Rezende, Cabo Verde, Ventania e ali permaneceu por 14 anos. Em 1897, veio transferido para a paróquia do Senhor Bom Jesus dos Passos e foi seu guia espiritual por 34 anos. Alma piedosíssima, de uma generosidade única, virtuoso, dedicou-se ao povo passense com total dinamismo e inteligência, interferindo e cooperando em todos os movimentos pelo bem estar da terra que tanto amou. Faleceu aos 88 anos de idade, dia 25 de março e 1931.

Pres. Antônio Carlos,r, (Centro), 
Nascido em Barbacena, MG, no ano de 1870, era filho do senador Antônio Carlos Ribeiro de Andrada e Adelaide Duarte de Andrada, e bisneto de José Bonifácio de Andrade e Silva, o "Patriarca da Independência". Formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1891, e foi estudante de forte atuação política, advogado, professor e jornalista. Destacou-se sobremaneira como político tendo sido prefeito de Belo Horizonte, deputado federal, Ministro da Fazenda no governo Wenceslau Brás, senador e, em 1926, foi eleito presidente do Estado de Minas Gerais. Promoveu mudanças importantes no Estado, tais como: a reforma do ensino e a introdução do voto secreto nas eleições internas de Minas Gerais. Aliando-se a Getúlio Vargas e João Pessoa, formara a Aliança Liberal, a alavanca da Revolução de 1930 que levou Vargas ao poder central. Presidindo a Assembléia Constituinte em 1933, foi eleito por seu Estado. Dois anos depois, substituiu Getúlio na presidência da República durante uma viagem deste à Argentina e ao Uruguai. Diante do Golpe de Estado comandado por Vargas, em 1937, quando se dissolveu o Congresso, Antônio Carlos abandonou a política, dedicando-se à atividades empresariais. Morreu em 1846
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domingo, 1 de julho de 2012

O Expedição Passos


O blog surgiu como um registro das expedições realizadas pelo autor fotografando a arquitetura e a história de Passos. As expedições contam com participações de pessoas que se reúnem através de redes sociais e que possuem como interesse comum a fotografia. Assim reuni as fotos feitas por mim em algumas das expedições. O objetivo é apenas mostrar de forma organizada as fotos da cidade de Passos, afinal de contas a fotografia é o ponto mais próximo que chegamos de nossa alma e o ponto mais distante da saímos de nossa mente.
José de Paula Silva